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Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
O período de isolamento social não é fácil para qualquer pessoa, mas quem passa pelo momento acompanhado de crianças tem uma tarefa a mais: entreter os pequenos. O funcionário público Vinícius Brum, 36, e a professora de Educação Infantil Patricia Brum, 37, que são pais de Nicolas, 13, e Nicoly, 9, imaginaram que outros adultos também estivessem se adaptando ao isolamento com os filhos em casa e decidiram fazer lives diárias para as crianças, sempre às 19h30min, pelo Facebook.
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O que começou despretensiosamente hoje é um grupo, o Rede Para o Bem, com centenas de pessoas, que revezam a responsabilidade das transmissões ao vivo. As atividades vão desde de contação de histórias a sugestão de atividades a serem feitas com os pequenos.
Vinícius conta que as lives começaram nos perfis pessoais dos integrantes, mas, agora, são feitas pela página de Facebook do Rede Para o Bem.
- Começou por uma ideia da minha esposa, de se reinventar enquanto professora e muitas outras pessoas estão aderindo. Hoje somos uma rede grande e temos programação até o meio do mês que vem - diz Vinicius.
HOMENAGEM
Patricia e Vinicius dizem que a ajuda vem de diversas formas e que um publicitário se ofereceu para fazer a identidade visual do grupo. O resultado é um camaleão, chamado Anturilo, junção dos nomes Antonela, 4 anos, e Murilo, 5, ambas vítimas fatais da doença mão-pé-boca, que atingiu diversas escolas de Santa Maria em 2019. Murilo era filho de Vinicius e Patricia.
PROXIMIDADE
Uma outra iniciativa também desenvolvida em Santa Maria busca envolver os estudantes mais novos. Para manter alunos da Educação Infantil envolvidos com a aprendizagem, a proposta leva atividades divertidas para as famílias por meio das redes sociais.
A professora da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental Isabel Machry Rodrigues, da Escola Maria de Lourdes Castro, avalia que as crianças pequenas têm dificuldade no primeiro conta-to com a escola e com os educadores. Imagine, então, se mal começarem as aulas e, em seguida, precisaram ficar em casa por conta do isolamento social.
Foi neste momento que o corpo docente do colégio começou a tarefa de alimentar a página de Facebook da escola para manter este contato com as crianças.
Isabel comenta que escolhe vídeos para que as crianças continuem acostumadas a vê-la com frequência. Mas não é apenas a professora que contribuiu com conteúdo para a página. Todos os professores da escola fazem postagens, a partir de um cronograma elaborado entre os docentes